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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

01 - O PAGAMENTO DO TRIBUTO

" Um verdadeiro guerreiro não aquele que vence a luta com vários golpes. E sim aquele que vence sem precisar lutar."

“Eu tinha acabado de entrar no SENAI, mal tive tempo de fazer alguns amigos. Chegava mais cedo procurando alguém que eu pudesse conversar, medindo minhas palavras, para não parecer chato ou metido, algo me dizia que um bom circula de amigos seria de grande utilidade.”

-Hei, Felix venha aqui. Quero te apresentar uns amidos.

“Era tudo o que eu precisava.”

-Valeu Magno.

-Esse aqui é Felix, mora lá em Bel Ford Roxo

-Mora mal em rapais

-Nem tanto, tem lugar pior

-talvez

“Senti um ar de ironia percorrendo o ambiente. Em alguns segundos eu esqueci de medir minhas palavras. Mas meu orgulho não permitia que falassem mal de onde morava.”

-Já te falaram do tributo?

-não, o que seria?

-bem todo o aluno novo tem que trazer um lanche para turma se não...

-Legal, se não trouxer acontece o que?

-Bem irmão, Vai ser direto você deve trazer o tributo na próxima segunda. Se não trouxer vai levar sacode.

-Valeu. Muito obrigado pelas explicações.

“Quem tinha me dado o ultimo era um rapais de quase dois metros de altura dava dois de mim de largura para se ter uma idéia o apelido dele era sapão.”

“Cheguei em casa eu treinei bastante, sabia que meu futuro dependia da minha atuação no pagamento do tributo. Eu não estava disposto a dar biscoito para marmanjo algum, não por eu ser um pão duro, mas pela ameaça. Eu odeio ser ameaçado.”

-Que isso mane? Esta maluco?

“Era meu irmão, ao me ver plantando bananeira. Ele adora me dar apoio moral.”

-É sim, estou maluco pra bater em uns otários no SENAI.

-Cuidado para você não apanhar.

“Não falei que ele adora em dar apoio moral.”

“Bem as semanas passou rápido. Rápido demais para meu gosto. E ao sair de casa, fiz uma oração meio desesperada.”

-Deus meu. Sei que não é muito certo o que vou fazer tu ensinou que devemos viçar a face, eu prometo que irei tentar evitar o conflito. Mas se não for possível, me ajude, guie meu passos ou melhor meus golpes. Amem.

“Cheguei no SENAI, e aparentemente tudo estava normal. Ninguém tocava no assunto. Ate que o instrutor saiu da sala e deixou o monitor como responsável, dizendo que iria demorar. Eu sabia que aquele era o momento critico, varias pessoas se olhavam. O monitor levantou e trancou a porta, talvez temendo que eu fosse correr porta o fora. Mal sabia que eu nunca corro de uma briga.”

-E ai, mora mal, trouxe o tributo?

“fechei o caderno. E olhando fixamente para frente. Pois assim aumentava meu campo de visão. Com o canto dos olhos eu observava mais dois levantando e vindo me minha direção um de cada lado. Abaixei o meu braço direito e segurei o banco de madeira por uma de suas pernas. Respondi.”

-Não, trouxe e nem vou trazer

“Nesse momento ele me levantou pela gola do jaleco. Mas ele não sabia que junto comigo levantava o banco segurado pela minha mão direita.”

-Vai levar uma surra!!!

“quando o seu amigo veio me agarrava pelo meu instinto levantei o banco, foi o bastante para atingi-lo no rosto e no peito ao mesmo tempo. A força do golpe foi tanta que o colocou no mesmo instante no chão. Mas não foi eu quem bateu, foi ele que veio com muita vontade de me bater e confiante que seria fácil.”

“Levantei mais ainda o banco e arremessei no peito do” Sapão “, caiu sentado, segurando o banco com os olhos arregalados de espanto. Me virei para o terceiro, esse eu teria que enfrentá-lo de mão vazia meu jeito preferido.”

-Pode vir!

“Ele olhou ao redor e viu os outros no mais fortes caídos. Acho que isso o desestimulou. Saiu correndo.”

“fui ate o ‘Sapão’. Ele se assustou, peguei o banco. E ao sentar, só ouvia os comentários”

-Esse cara é maluco.

-Esse á a segunda vez que ouço esse comentário. ”sussurre para meu amigo da guarda escutar. Ele riu e comentou.”

-Você me da um trabalhão.

“o resto do expediente foi tranqüilo ninguém mais mexeu comigo, ou melhor, ninguém falou comigo naquele dia. Apenas olhavam e comentavam entre si.”

“ao chegar em casa orei agradecendo a Deus pela vitória.”

-Obrigado meu pai. O tributo foi pago e bem pago, não sobrou nem troco amem.

“almocei e fui pro colégio na sabia que teria surpresa ainda maior naquele dia.”